domingo, 10 de novembro de 2013

Solução Brasileira Para a Espionagem Americana

O Brasil lidera um grupo de países cuja solução recomendada é a criação de um “governo mundial da internet ‘para resolver ataques de espionagem.

As novas revelações sobre as atividades de inteligência dos EUA com base em documentos supostamente vazados por Edward Snowden, desenham um mapa de operações que cobre grande parte do planeta.

A intensidade e o grau de penetração depende, como refletido neste material, em uma classificação dos países em diferentes categorias de interesse. Apenas um círculo muito restrito de aliados de Washington, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, recebem tratamento preferencial, mas não é necessário ser um inimigo dos Estados Unidos para que sua máfia da espionagem, espione líderes mundiais.

Nos casos do Brasil e México, abriu-se a caixa de Pandora, o jornal britânico The Guardian publicou um documento secreto da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), que revelou a espionagem em cerca de 200 números de telefone, incluído os de 35 líderes mundiais.


Os documentos vazados por Snowden, sugerem que a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi um dos alvos na vigilância da NSA. Rousseff cancelou recentemente uma visita oficial aos Estados Unidos, e um encontro com Barack Obama como um gesto de protesto contra as atividades da NSA e a imprecisão de Washington em suas explicações.

A presidente também fez um discurso duro na tribuna das Nações Unidas durante a última Assembleia Geral, que até agora tem sido a reação mais vibrante com as revelações.

No caso do México, os documentos fornecidos por Snowden indicam que as comunicações realizadas por Felipe Calderon, antecessor de Enrique Peña Nieto no escritório, estavam sob vigilância americana. A reação do governo mexicano, no entanto, foi menos contundente do que a de Dilma.

Mas os documentos também indicam que os aliados norte-americanos da OTAN, também foram espionados pela NSA. A agência dos EUA usou o registro de dados de quantidades inimagináveis ​​de comunicações de líderes políticos e cidadãos comuns.

Espionando apenas “um pouco”

Apesar da reação global, o governo dos EUA insiste em seu direito de obter informações sobre qualquer país do mundo, a fim de proteger seus cidadãos, ao mesmo tempo em que espiona esses mesmos cidadãos. Em Washington não tem ninguém satisfeito com suas explicações, em dizer que está disposto a rever os programas atuais, para se certificar de que a informação recolhida seja realmente necessária. Agora, quem no mundo acredita nisso?

Neste contexto, o porta-voz do Departamento de Estado, Jean Psaki, disse que o governo estava considerando a proposta feita pela Alemanha e a França e discutir novas regras para limitar a espionagem, mas acrescentou que não havia ainda nenhuma decisão tomada.

O porta-voz disse que os funcionários de vários níveis de governo, tinham entrado em contato com a França, Alemanha e Itália para tentar resolver os problemas que a questão da espionagem havia causado. Durante essas conversas, as autoridades discutiram formas para acabar com o conflito.

Para esse fim, o presidente Barack Obama ordenou uma suposta revisão dos sistemas atuais de espionagem, mas nada de novo ocorreu desde então. Pelo contrário, as evidências apresentadas por Edward Snowden mostram a extensão ilimitada da rede de vigilância da América. As últimas revelações resultaram em denúncias ainda mais altas dos países afetados – Alemanha, Brasil, França e México.

A crise se agravou a tal ponto que as relações bilaterais se inverteram, em termos práticos com o Brasil, em ter se complicado com o México, e crescido drasticamente de tom com a Europa.

A Casa Branca espera superar esta situação com base na amizade e contatos pessoais para fazer as coisas voltarem a águas mais calmas. A espionagem feriu a dignidade dos europeus e expôs algumas de suas frustrações mais profundas: a desigualdade de seu relacionamento com os EUA.

Embora Obama e os porta-vozes dos EUA insistam em dizer que a prática de espionagem é antiga e comum entre todas as nações do mundo, mesmo entre amigos e aliados, é importante acrescentar que nenhum deles tem os meios que os EUA têm para bisbilhotar nos segredos dos outros, e ao mesmo tempo se proteger.

O problema fundamental é o tamanho e poder absurdos alcançados pelos serviços secretos norte-americanos. A NSA, é apenas uma das 16 agências do governo dos EUA envolvidas na coleta ilegal de informações. Limites de espionagem são estabelecidos pelo controle legal, judicial e parlamentar, mas as novas tecnologias tornaram esses controles ineficazes e obsoletos.

Nenhuma comissão ou juiz é capaz de controlar os fortemente financiados serviços de espionagem americanos. Além disso, aqueles que usam tecnologia para espionar e os tribunais que lhes dão suporte agem em segredo, o que faz com que a falta de transparência torne-se ainda mais alarmante.

Este controle é ainda mais difícil desde a aprovação do famigerado Patriot Act, em que o presidente concedeu o poder de deter, interrogar, torturar e matar qualquer um sem ter que provar seu envolvimento em um crime. Obama reconheceu em um discurso no início deste ano que os poderes presidenciais eram excessivos e não são justificados pelas ameaças que o país enfrenta hoje. Ele pediu ao Congresso para reformular tal legislação, mas nem Obama nem o Congresso foram a lugar algum com a proposta.

Não é fácil voltar atrás. Nenhum governo jamais renunciou os poderes que tomou ou que o seu povo tenha permitido que obtivessem. Uma vez criada uma máquina de espionagem cuidadosamente oleada, é impossível desmontá-la voluntariamente de suas capacidades. Espiões são treinados para coletar informações. Não é fácil adicionar exceções.

Agora Obama precisa de pelo menos a aparência de que eles vão aumentar os controles [sobre a espionagem], mesmo que isso não signifique nada na prática. Leis nacionais não são negociadas com os governos de outros países, mas certamente seria reconfortante para a França e a Alemanha se os EUA abolisse o Patriot Act (Lei Patriota). Enfrentando os próprios norte-americanos, a transparência parlamentar e judicial parece mais urgente, embora não seja algo que está prestes a se concretizar.

A “solução” brasileira

Os olhos precisam ser abertos sempre que um governo como o dos Estados Unidos tem poder ilimitado para espionar todos e qualquer um. Isso não deveria, no entanto, distrair as pessoas das chamados “soluções” para o problema da espionagem injustificada. Vamos tomar como exemplo o caso do Brasil e dos BRICS.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, propôs a convocação de um fórum global para regular o uso da Internet e evitar espionagem cibernética. Campainhas de alarme disparam. A solução para a espionagem não é regulação da internet, mas a regulamentação da espionagem. Infelizmente, a proposta da Rouseeff encontrou ouvidos abertos em todo o mundo. Suas críticas às ações ilegais de espionagem levadas a cabo pela Agência de Segurança Nacional em cima dos cidadãos, empresas e líderes políticos em vários países, continuam ganhando força e agora tem o apoio de parceiros do Brasil no BRICS.

A sugestão da presidente brasileira, apresentada durante uma entrevista de rádio, seria a criação de um fórum com um quadro multilateral global para discutir, juntamente com os membros da academia e da sociedade civil, a melhor forma de resolver o problema da espionagem.

A iniciativa de Dilma agora tem o apoio de Fadi Chehade, presidente da Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (ICANN), o organismo que regula o uso da Internet em todo o mundo. A presidente brasileira confirmou seu plano, durante uma entrevista à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.

Defendemos uma internet aberta, democrática, participativa e neutra”, disse ela. “A maioria dos países vão querer participar desse processo. O Marco Civil fornece proteção de dados para os cidadãos e empresas”, disse ela. Rousseff novamente condenou as ações de espionagem pela NSA dos EUA, rotulando-os como “inaceitáveis” e destacou cada vez mais fortes as reações de diferentes países que foram espionados pela agência.

A desculpa dada de que tais escutas serviria para proteger contra o terrorismo, não justifica, de acordo com Dilma, a espionagem de seus e-mails pessoais.

Dilma já havia defendido a ideia de estabelecer um governo global da Internet durante o seu discurso de abertura da 68 ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. É justamente essa a proposta que deve sacudir todo mundo fora de seus assentos. Com tecnocratas,como Rousseff pedindo um governo mundial na Europa e as empresas que lideram o ataque contra o mundo livre das Américas, o mínimo que o planeta precisa é uma superpotência centralizada, quem decide o que é feito com a Internet.

Durante seu discurso, Dilma Rousseff lembrou: “Eu lutei contra a censura e discrição e não consigo parar de defender o direito à privacidade dos indivíduos e da soberania do meu país.” Em seguida, ela acrescentou, “sem o direito à privacidade, não há verdadeira liberdade de expressão e opinião e, portanto, não há verdadeira democracia“. Além disso, a presidente comentou: ”Não há base para uma relação entre as nações, quando não há respeito pela democracia“. É estranho que ela diz que, em sua própria proposta, prevê a formação de uma entidade centralizada que iria governar através da Internet e que iria decidir por todas as nações. Sua ideia de uma “solução” para os problemas de espionagem é semelhante ao avançado pelos ambientalistas fascistas, que propõem a implementação da Agenda 21 para “salvar o planeta” do armageddon.

O novo representante do Brasil na ONU, o ex-ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que a questão da espionagem será prioridade durante o seu mandato. Patriota informou que o Brasil já está trabalhando com outros países, como a Alemanha, para a aprovação do direito à privacidade. Ele disse que a privacidade é um direito que está intimamente ligada à liberdade de expressão.

O Brasil quer reunir o maior número de votos possível, para que o projeto possa ser discutido em outras instâncias. Por exemplo, no Conselho de Segurança e à própria Assembleia Geral da ONU.

Em resumo, temos um grave abuso de poder por parte dos Estados Unidos, quando se trata de espionagem sobre todos, incluindo seus aliados. Por outro lado,temos um grupo de países supostamente liderados pelo Brasil, que querem estabelecer uma entidade global centralizada para controlar a Internet de uma vez por todas.

Eles justificam tal proposta com a desculpa de que algo deve ser feito para parar o controle da espionagem da América. Esta solução, se é que pode ser chamada dessa maneira, parece ser tão extrema quanto a justificativa americana para espionar todos, que tal prática ajuda o país lutar sua guerra contra o terrorismo.

Seria a proposta brasileira uma medida drástica necessária a ser adotada durante os tempos difíceis? Ou o escândalo da espionagem americana, assim como o próprio Edward Snowden, foram meros instrumentos, servindo os interesses da elite que controla também a rede de inteligência dos Estados Unidos, para promover seu sonho interminável de controle total sobre a Internet, a única ferramenta eficaz disponível para combatê-los?

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Isto já era previsível. Os EUA deixar escapar tanta informação de monitoramento e espionagem através de Snowden, e em seguida a mídia corporativa mundial dando uma intensa cobertura ao caso. Já poderíamos esperar a dialética hegeliana em ação: Problema -> Reação -> Ação, o problema  e a reação já vimos, agora vem a ação, aquilo que era desejado por aqueles que governam o mundo: o controle total da internet por um órgão global.

Já estava um pouco apreensivo quando li a declaração de Snowden de que "não podemos esquecer que a vigilância massiva contra os cidadãos é um problema global que exige solução global". É a mesma retórica que foi utilizada pelos políticos pseudo-ambientalistas para tentar enfiar goela abaixo uma constituição global, que felizmente fracassou na Conferência do Clima de Copenhague.
Nos resta aguardar para ver o que vem por aí...


Fontes:
Os Bastidores do Planeta: O Governo Mundial Da Internet! (tradução inicial)
Blog A Nova Ordem Mundial: Solução Brasileira Para a Espionagem Americana: Controle Total e Global da Internet! (revisão e correção da tradução)
The Real Agenda: Is American Unlimited Espionage the bait for total Internet control?
Entrevista concedida pela Presidenta Dilma Rousseff, à rádio Itatiaia

Edward Snowden: “Um Manifesto pela Verdade”

As revelações, que prosseguem, sobre as práticas de vigilância avassaladora pela Agência de Segurança Nacional dos EUA,“estão levando a sociedade a exigir reformas políticas, controle social e novas leis” – escreveu Edward Snowden em carta aberta intitulada Um Manifesto pela Verdade (em alemão), na qual prega a ação internacional continuada contra os piores agressores, culpados de crime de violação da privacidade global (matéria de capa da edição dessa semana de Der Spiegel).

A carta, publicada em alemão, no domingo, na revista Der Spiegel, destaca o modo como os vazamentos de Snowden despertaram um debate crucialmente importante sobre as táticas da Agência de Segurança Nacional dos EUA e outras agências de vigilância, e cobra continuada pressão internacional contra a ação dos governos.

Temos o dever moral de assegurar que nossas leis e valores limitem os programas de vigilância e protejam direitos humanos” – Snowden escreve na carta que, segundo a revista alemã, for redigida na 6ª-feira, em Moscou.  
Embora a Agência de Segurança Nacional dos EUA e a agência de segurança nacional britânica,GCHQ, pareçam ser as agentes das principais agressões – pelo menos conforme os documentos que estão sendo divulgados para o grande público”, escreve Snowden – “não podemos esquecer que a vigilância massiva contra os cidadãos é um problema global que exige solução global”.

Essa solução, para Snowden, seria agora possível, porque as populações sabem mais e estão mais conscientes do que acontece.

Apesar de “caça às bruxas como jamais se viu antes que ameaça jornalistas que denunciem os crimes e infrações dos governos”, escreve Snowden, “os vazamentos de material da Agência de Segurança Nacional dos EUA já ampliaram a consciência pública e continuarão a estimular uma reforma baseada no desejo dos cidadãos”.


"Manifesto pela verdade" (foto da matéria de Der Spiegel)
Em vez de causar danos, a serventia para o grande público de uma nova compreensão já está hoje bem clara, e já se sugerem reformas de caráter político, de supervisão e novas leis” – Snowden escreveu.

Os cidadãos têm de lutar contra a supressão de informações relativas a questões de importância essencial para a opinião pública” – como se lê na tradução publicada pela agência Reuters. Aqueles que falam a verdade não estão cometendo um crime”.

O mundo aprendeu muito, em curto período de tempo, sobre o quanto é irresponsável a ação das agências de segurança, e igualmente a operação dos programas de vigilância criminosos” – escreveu ele. – “O debate que aquelas agências e agentes queriam impedir, já está em pleno andamento em muitos países, em todo o mundo”.

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A questão do "problema global que exige solução global" me parece encaixar perfeitamente com a dialética hegeliana, a regra dos três: problema -> reação -> solução. Esta questão é vista em detalhes neste outro tópico:

Organização Mundial da Saúde confirma vírus H7N9 em humanos na China

Organização Mundial da Saúde
fonte das informações: Organização Segundo o último boletim divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mais dois casos de infecção pelo vírus A(H7N9) foram confirmados da China.
O primeiro paciente é uma criança (menino) de apenas 3 anos cujos sintomas apareceram em 29 de outubro e foi levado ao hospital em 31/10, transferido para um tratamento mais intensivo em 04/11, atualmente está em condições “estáveis”.
O segundo paciente é uma idosa de 64 anos que segundo informações, é fazendeira e tem constante contato com aves. Os primeiros sintomas ocorreram em 30 de outubro e foi levada a hospital no dia seguinte. Foi transferida para tratamento intensivo em 03 de novembro e encontra-se em situação crítica.
Com esses casos agora somam-se 139 confirmados laboratorialmente pela OMS os humanos infectados pelo vírus A(H7N9) , com 45 mortes. Seis pacientes encontram-se hospitalizados e outros 88 foram liberados.
Embora a OMS continue informando não haver confirmação de transmissão inter-humana do H7N9 a preocupação cresce a cada dia por causa dos novos casos.

Segundo caso de gripe aviária causado pelo H7N9 reforça o alerta.

Um novo caso humano de gripe causada pelo vírus Influenza A(H7N9) foi confirmado pelas autoridades de saúde da China, sendo o segundo caso do mês de outubro, o que reforça o alerta para uma possível epidemia (e talvez pandemia) causada pelo H7N9 eis que trata-se de um vírus “novo” para os humanos.
O caso foi confirmado nesta quarta-feira 24/10/2013, sendo o doente homem de 67 anos,  da província de Zhejiang, a mesma localidade do caso anteriormente divulgado neste mês.
A China não apresentava novos casos desde o mês de agosto, quando até então houveram 134 casos humanos com 45 mortes confirmadas.
Aguardavam-se notícias sobre o H7N9 eis que com o fim do verão do hemisfério norte para saber se a pequena epidemia passada teria sido contida ou não, pois a preocupação com o H7N9 é grande devido às peculiaridades desse vírus que jamais adaptou-se a humanos, o que poderá levar a uma nova pandemia.
As notícias desses dois casos preocupa pois aumenta muito as chances de novos casos e principalmente pela proximidade de grandes centros urbanos, o que levará fatalmente a uma epidemia local e naturalmente à transmissão em larga escala a nível mundial, chegando a uma nova pandemia.
Abaixo segue o mapa dos casos registrados desde o início dos casos até o presente momento:


View H7N9 Pandemic Cases & Sequences in a larger map

Vírus Influenza A(H7N9)

O vírus A(H7N9) é uma das espécies de vírus do tipo Influenza aviário, que pertence à família dos ortomixovírus, cuja família apresenta 3 tipos, A, B e C.
Os vírus influenza do tipo A que infectam humanos costumam promover doenças de moderada a severa em todas as faixas etárias, sendo comuns os vírus H1N1 (causador da última pandemia conhecida equivocadamente como gripe suína), o H3N2, vírus que infecta pessoas em quase todo inverno e também já foi responsável por pandemias. No entanto existem alguns tipos de vírus Influenza do tipo A que não costumam infectar seres humanos pois suas características diferem dos demais mas vez por outra podem sofrer mutações e com isso surgem cepas adaptadas à multiplicação em seres humanos, principalmente no que se refere a temperatura corpórea e com isso geram epidemias e pandemias (quando uma epidemia é global).
Os vírus do tipo B também afetam humanos, principalmente crianças e idosos mas causam epidemias leves e dificilmente levam a complicações.
Já os vírus Influenza do tipo C sequer é epidêmico e nunca se teve notícia de complicações.

diagrama esquemático de um vírus Influenza
O vírus A(H7N9) é um vírus relativamente comum em aves, considerado até agora de baixa patogenicidade (não causa doenças graves nas aves) e não se tinha notícia de infecção humana até meados de março de 2013 quando apareceram os primeiros casos confirmados na China, que envolviam tratadores e criadores de aves em províncias agrícolas.
No entanto ao contrário do esperado, o número de casos aumentou e verificou-se que algo estava errado pois não é comum um vírus do tipo aviário passar a infectar pessoas sem sofrer algum tipo de mutação que facilite a transmissão entre humanos.
Os primeiros sequenciamentos não apresentaram grandes alterações genéticas, verificando-se que o vírus não havia desenvolvido a capacidade de transmissão sustentável entre seres humanos, mas tão somente algum tipo de adaptação para conseguir passar diretamente das aves para humanos, o que é raro pois normalmente os vírus aviários tendem a primeiro adaptar-se em algum outro tipo de mamífero como porcos, para posteriormente adaptar-se aos seres humanos.
Mas os casos não param de subir e verificou-se que o vírus está adaptando-se de forma muito rápida e começaram a aparecer os primeiros casos de transmissão entre familiares, ou seja, o vírus já consegue transmitir-se entre humanos quando estes vivem juntos ou seja, é uma transmissão limitada e ainda não sustentável, diferente dos vírus já totalmente adaptados, que transmitem-se facilmente pelo ar (em gotículas de espirros por exemplo) ou em superfícies infectadas por uma pessoa doente quando então uma outra pessoa toca o mesmo lugar e leva a mão à boca ou nariz, e o vírus rapidamente entra no organismo e começa a reproduzir-se.
A partir de então veio o alerta e as pesquisas intensificaram-se no sentido de entender o mecanismo de propagação desse “novo” vírus que passou a infectar seres humanos e aos poucos vê-se que ele adapta-se cada vez mais rápido, podendo causar uma nova pandemia de influenza.
O maior problema relativo ao vírus Influenza A(H7N9) é que diferente dos demais conhecidos causadores de pandemias, esse vírus nunca infectou seres humanos e com isso ninguém tem anticorpos que possam proteger, ou seja, o organismo humano não reconhece o vírus e com isso utiliza todo o potencial de anticorpos na tentativa de eliminar o invasor, o que “abre as portas” para infecções bacterianas principalmente pulmonares que “aproveitam” a situação precária do corpo fragilizado e causam pneumonias graves, muitas vezes impossíveis de se combater e com isso levando o infectado à morte.
Os problemas são muitos, as perguntas são diversas: Como o H7N9 conseguiu adaptar-se tão rapidamente ? De onde exatamente surgiu ? Como ocorre a transmissão entre humanos ? Qual o período de incubação ? Quantas pessoas são infectadas sem apresentar sintomas ?
Hoje (27/04/2013) sabe-se que ao contrário do que se divulgou anteriormente, o período de incubação do vírus A(H7N9) é de cerca de 10 dias, e não 7 como se pensava, o que altera totalmente o tipo de procedimento com relação a possíveis infectados, inclusive de observação das pessoas que tiveram contato com um doente.
Ainda em mesma data (27/04/2013) o índice de letalidade do vírus é absurdamente alto, em torno de 20% dos casos confirmados. No entanto numa eventual pandemia teremos milhões de infectados e esse índice deve cair muito, mas na situação atual é alarmante pois no caso de uma grande cidade com um milhão de infectados isso significa algo em torno de 200.000 mortos, sendo o mais perigoso vírus Influenza já visto na humanidade.
Atualmente (abril de 2013) não existe vacina contra o vírus A(H7N9) e o tratamento é o mesmo utilizado para outras cepas de Influenza pois felizmente o H7N9 aparentemente é sensível aos inibidores da neuraminidase como o medicamento aseltamivir (Tamiflu) e zanamivir. Mas esse tratamento deve iniciar-se em até 48 horas do início dos sintomas, caso contrário a pessoa pode não conseguir recuperar-se, o que leva a complicações sérias e difícil tratamento.
Diversos países já estão em alerta e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos emitiu o alerta de nível II, o segundo mais alto da escala, e monitora a situação.
Esta página será atualizada gradativamente sempre que novas informações surgirem e o site sempre trará notícias e novas informações sobre a evolução dos casos na China e possívelmente  no mundo.

Organização Mundial da Saúde cria comitê de emergência sobre MERS

A OMS criou no dia 5 de julho um comitê emergencial para tratar sobre assuntos relacionados ã MERS (Coronavírus), especialmente diante de um possível agravamento da epidemia que atinge principalmente o Oriente Médio (Arabia Saudita), que já causou a morte de 40 pessoas.
Keiji Fukuda, Diretor Assistente da OMS alega que a criação do comitê, cujos integrantes são especialistas na área, visa o aprendizado para criar procedimentos no caso de um aumento significativo dos casos de MERS, como no caso de um grande surto da doença.

MERS-CoV – Coronavírus está causando sérias preocupações

O novo coronavírus chamado de MERS-CoV vem causando sérias preocupações com a possibilidade de tornar-se epidêmico e chegar inclusive à uma pandemia caso não seja controlado rapidamente e os focos de sua transmissão devem ser isolados pois caso contrário o mundo sofrerá com uma doença semelhante à SARS, com um índice de mortalidade jamais visto em uma pandemia.
Com um número crescente de casos na Arábia Saudita, o MERS-CoV já chegou à Europa e a França entrou em alerta após a confirmação do caso em uma pessoa que teria retornado da Arábia, e cujo tratamento levou à infecção de profissionais de saúde que trataram do paciente (transmissão nosocomial) .
Tenho acompanhado os acontecimentos e a evolução dos casos estará sendo informada aqui no MS.
O mapa com a situação atual você pode ver abaixo:

Clique Novel Beta2c Coronavirus Cases and Sequences para ver em um mapa maior

OMS dados sobre MERS (CoronaVírus)

A Organização Mundial da Saúde atualizou as informações relativas aos casos de pessoas infectadas pelo CoronaVírus, cujo número chega agora a 81 casos confirmados por exames laboratoriais sendo que destes, 45 chegaram a óbito. (Link para os dados da OMS)
Baseando-se na situação atual, a OMS pede aos países membros que continuem a vigilância sobre possíveis casos da doença seguindo as recomendações do órgão e notifiquem as autoridades de saúde. Alerta ainda sobre a necessidade de manter as condições de higiene e desinfecção dos hospitais eis que os primeiros surtos partiram justamente de infecções hospitalares.
A OMS ainda não apresenta qualquer recomendação sobre restrições a viagens.
No entanto o mesmo órgão máximo de saúde, em sua página específica sobre dados científicos e literais sobre o Coronavírus, mesmo informando tratar-se por enquanto de casos isolados e de pequenos surtos causados por contaminação muito próxima, alerta para os casos assintomáticos cuja transmissão ainda não se consegue prever ou acompanhar, o que pode levar a surtos maiores e o descontrole da doença.
Para maiores informações, acesse a página específica da OMS sobre o tema.

HAARP - Documento Oficial de 1990 - Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência

Todos aqui provavelmente conhecem o que é o HAARP e que existe especulações que ele esteja sendo utilizado para controle do clima, causar terremotos, furacões, etc.

Encontrei este documento de 1990, escaneado e hospedado no servidor do site wired, cujo título é "HAARP -Programa de Pesquisa Auroral Ativo de Alta Freqüência - PLANOS E ATIVIDADES DO PROGRAMA DE SERVIÇOS CONJUNTOS" e tem 27 páginas. Encontrei neste outro site a transcrição do texto (o original está apenas escaneado).

Notas:

C3 - "Command, Control And Communication" ou "Comando, Controle e Comunicação" (link que explica a expressão)
ERP : Força Efetiva Irradiada
HF : Alta Frequência
RF : Rádio-Frequência

DOD  - Departamento de Defesa

HAARP - Programa de Pesquisa Auroral Ativo de Alta Freqüência

PLANOS E ATIVIDADES DO PROGRAMA DE SERVIÇOS CONJUNTOS

Força Aérea
Laboratório de Geofísica

Marinha
Escritório de Pesquisa Naval

Programa de Pesquisa Auroral Ativo de Alta Freqüência (HAARP)

ÍNDICE

SUMÁRIO EXECUTIVO

SÍNTESE

1. INTRODUÇÃO

2. APLICAÇÕES EM POTENCIAL
2.1. Sondagem Geofísica
2.2. Geração de Ondas ELF / VLF
2.3. Geração de Furos e Lentes ionosféricas
2.4. Aceleração de Elétrons
2.5. Geração de Ionização de Campos Alinhados
2.6. Aquecimento de Alta Frequência Oblico
2.7. Geração de camadas de ionização abaixo de 90km


3. QUESTÕES IONOSFÉRICAS ASSOCIADOS COM AQUECIMENTO COM RÁDIO FREQUÊNCIA DE ALTA POTÊNCIA

3.1. Limiares de efeitos ionosféricos
3.2. Problemas gerais ionosféricos
3.3. Questões ionosféricas de Altas Latitudes


4. DESEJO DE UMA INSTALAÇÃO DE AQUECIMENTO DE ALTA FREQUÊNCIA
4.1 Características do Aquecedor
4.1.1 Potência irradiada efetiva-4.1.1 (ERP]
4.1.2 Faixa de Freqüência de Operação
4.1.3 Capacidades de Varredura
4.1.4. Modos de Operação
4.1.5 Polarização de Ondas
4.1.6 Agilidade na Alteração dos Parâmetros de Aquecimento

4.2. Diagnóstico do Aquecedor
4.2.1. Disperção Incoerente das Instalações do Radar
4.2.2. Outros Diagnosticos
4.2.3. Diagnóstico adicionais para Experimentos de Geração de ELF

4.3. Localização do Aquecedor de ALta Frequência
4.4. Custo estimado da nova instalação de aquecimento

5. Os participantes do programa

6. PLANOS PARA PESQUISA SOBRE A GERAÇÃO DE SINAIS ELF NA IONOSFERA ATRAVÉS DA MODULAÇÃO DO ELETROJATO POLAR
6.1. Questões ionosféricas pois eles se relacionam com Geração de ELF
6.1.1 Necessidades de Pesquisa ionosféricas
6.1.2. Recomendações de pesquisa da ionosfera
6,2 Eficiência da Excitação HF para ELF
6.2.1. Problemas de Aquecimento de Baixa Altitude
6.2.2. recomendações da pesquisa Aquecimento de Baixa Altitude
6.2.3. Problemas de Aquecimento de alta altitude
6.2.4. Recomendações da Pesquisa do Aquecimento de Alta Altitude
6.3. Problemas de Comunicação Submarinos Associados com a exploração sinais ELF geradas na ionosfera por HF Aquecimento
6.3.1. Questões gerais de investigação,
6.3.2. Problemas específicos de Sistemas ELF
6.4. Recomendações da Pesquisa Relacionadas com Sistemas ELF

7. RESUMO DAS ATIVIDADES DE INICIAÇÃO HAARP
7.1. Grupo Diretor do HAARP
7.2. Resumo das Atividades e Programação do Grupo Diretor do HAARP

ANEXO A Instalações de Aquecimento HF

ANEXO B Workshop sobre Modificação Ionosférica e Geração de ELF
Agenda do Workshop
Escala de Participação no Workshop


HAARP - Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência

Sumário Executivo

Conforme descrito no relatório que acompanha este documento, o Programa de Pesquisa Auroral Ativo de Alta Freqüência (HAARP) é especialmente atraente na medida em que irá assegurar que a pesquisa em uma área de tecnologia emergente e revolucionária  será focada no sentido de identificar e explorar as técnicas para aumentar consideravelmente capacidades C3.

O coração do programa será o desenvolvimento de uma singular capacidade de aquecimento alta freqüência (HF)  da ionosfera para conduzir as experiências pioneiras exigidas pelo programa.


Aplicações

Um aspecto interessante e desafiante do reforço ionosférico é o seu potencial para controlar os processos ionosféricos, de tal forma a melhorar significativamente o desempenho dos sistemas de C3. A meta principal do programa é a identificação e investigação dos processos ionosféricos e os fenômenos que podem ser exploradas para fins de DOD, (departamento de defesa) como os descritos abaixo.

Geração de ondas ELF na faixa de 70-150 Hz para fornecer comunicações para submarinos profundamente submersos. Um programa para desenvolver técnicas eficientes de geração de ELF está prevista sob o programa de melhoramento da ionosfera do Departamento de Defesa.

Sondagem geofísicas para identificar e caracterizar os processos ionosféricas naturais que limitam o desempenho dos sistemas de C3, de modo que técnicas possam ser desenvolvidas para reduzir ou controlar tais efeitos. Geração de lentes ionosféricas para se concentrar grandes quantidades de energia HF em grandes altitudes na ionosfera, proporcionando assim, um meio para desencadear processos ionosféricos que potencialmente poderiam ser exploradas para fins do Departamento de Defesa.

Aceleração de eletrons para a geração de emissões ópticas de IR e outros e criar ionização adicional em regiões selecionadas da ionosfera, que poderiam ser utilizada para controlar ondas de rádio - propriedades de propagação.

Geração de campo geomagnético, alinhado ionização para controlar as propriedades de reflexão / espalhamento das ondas de rádio.

Aquecimento Obliquo para produzir efeitos sobre a propagação de ondas de rádio em grandes distâncias a partir de um aquecedor de HF, ampliando assim, as potenciais aplicações militares da tecnologia de melhoramento da ionosfera.

Geração de camadas de ionização abaixo de 90 km, para fornecer refletores de ondas de rádio (espelhos), que podem ser explorados para o longo alcance, fora do horizonte, para fins de vigilância HF / VHF / UHF, incluindo a detecção de mísseis de cruzeiro e outros pouco observáveis.

Características desejadas do aquecedor IC 

Uma nova, única, instalação de aquecimento HF é necessária para resolver a ampla gama de questões identificadas acima. No entanto, a fim de dispor de um sistema útil em vários estágios do seu desenvolvimento, é importante que o aquecedor seja construído de uma forma modular, de tal modo que a sua potência eficaz radiada possa ser aumentada de uma forma efetiva e eficaz, o custo efetivo pela forma como os recursos se tornam disponível.

Força Efetiva Irradiada (ERP) no que excede 1 Gigawatt

Um gigawatt de ERP representa um importante limiar no nível de potência, sobre os quais a geração de ondas significativas e eficiências de aceleração de elétrons podem ser alcançadas e outros efeitos de aquecimento significativo podem ser esperados.

Ampla Faixa de freqüência HF

O aquecimento desejado teria uma faixa de freqüência entre cerca de 1 MHz a 15 MHz, permitindo assim que uma vasta gama de processos ionosféricas sejam investigados.

Decifrando as capacidades 

Um aquecedor que tenha a rápida capacidade de digitalização é muito desejável para aumentar o tamanho em regiões das ondas contínuas aquecidas (CW) na ionosfera e modos de pulso de operação. Flexibilidade na escolha de modos de aquecimento de operação permitirão uma ampla variedade de técnicas de aprimoramento da ionosfera e questões a serem abordadas.

Polarização

A instalação deve permitir polarização tanto no eixo X como no O, a fim de estudar os processos da ionosfera em uma faixa de altitudes.

Agilidade na alteração dos parâmetros de aquecimento

A capacidade para alterar rapidamente os parâmetros do aquecimento é importante para abordar questões tais como o alargamento do tamanho da região aquecida na ionosfera e para o desenvolvimento de técnicas para assegurar que as densidades de energia desejadas na ionosfera possam ser conseguidas sem efeitos de configuração auto-limitantes.

Diagnóstico de aquecimento de HF

A fim de compreender os processos ionosféricas naturais, assim como os induzidos através da modificação ativa da ionosfera, uma instrumentação adequada é necessária para medir uma vasta gama de parâmetros ionosféricos. Parâmetros nas escalas apropriada-temporal e espaciais. o diagnóstico chave nestas medidas será uma instalação de um incoerente radar de dispersão para fornecer os meios para monitorar tais condições de plasma de fundo, como as densidades de elétrons, temperaturas de elétrons e íons e campos elétricos, tudo em função da altitude. A instalação de radar de espalhamento incoerente, previsto para complementar o planejado novo aquecedor de HF, está sendo financiado por um programa separado do Departamento de Defesa, como parte de uma atualização da faixa de foguetes do Poker Flat, no Alasca.

Para os experimentos de geração de ELF, o diagnóstico complementar deve incluir uma cadeia de receptores ELF, uma ionosonda digital HF, um magnetômetro em cadeia, fotômetros, uma sirene VLF, e um medidor riometer VHF medidor de opacidade ionosferica relativa). Em -outras experiências, as medições in situ da região aquecida na ionosfera, através de instrumentação por foguete sonda, também seria muito desejável. Outros diagnósticos para serem empregados, dependendo da natureza das modificações ionosféricas a serem implementados, irão incluir receptores de HF HF / VHF, radares, geradores de imagens ópticas, e as observações de cintilação.

Localização do aquecedor HF 

Uma das principais questões a serem abordadas no âmbito do programa é a geração de ondas ELF na ionosfera por aquecimento HF. Isso requer a localização do aquecedor onde existem fortes correntes ionosféricas, ou em um local equatorial ou em uma alta latitude (auroral) local. Outros fatores a serem considerados na localização do aquecedor incluir outras necessidades técnicas (pesquisa) e os requisitos, as questões ambientais, as capacidades de expansão futura (imobiliário), infra-estrutura e as considerações sobre a disponibilidade e localização dos diagnósticos. A localização da nova instalação de aquecimento HF está prevista para o Alaska, relativamente perto de uma nova unidade de dispersão incoerente, já prevista para os foguetes poker Range sob um programa separado do Departamento de Defesa.

Além disso, é desejável que o aquecedor HF seja localizado para permitir instrumentação por foguete sonda a ser levado para a região aquecida da ionosfera. A localização exata no Alasca para a instalação de aquecimento HF da nova proposta ainda não foi determinada.

Custo estimado da nova instalação de Aquecimento de Alta Frequência

Estima-se que de 8 a 10.000.000 dólares (US $ 8-10M) vai proporcionar uma nova instalação, com uma potência de irradiação efetiva próxima do estabelecido para a instalação DOD atual (HIPAS), mas com a melhoria considerável na sintonização e capacidade da freqüência e direção da antena de feixe. A instalação vai ser de design modular para permitir atualizações eficientes e de baixo custo de energia quando os fundos adicionais se tornarem disponíveis. A instalação desejada (classe mundial), tendo as grandes capacidades e flexibilidades descritas acima, terá um custo na ordem de 25-30.000.000 de dólares (US $ 25-30M).

Os participantes do programa

O programa será gerido em conjunto pela Marinha e pela Força Aérea. No entanto, devido à grande variedade de questões a serem abordadas, a participação ativa dos órgãos governamentais, universidades e prestadores de serviços privados é esperada.


Programa de Pesquisa de Atividade Auroral de Alta Frequência

O Programa de Pesquisa de Aurora Ativa DOD HF (HAARP) é especialmente atraente na medida em que irá assegurar que a pesquisa em uma revolucionária área de tecnologia emergente, será focada no sentido de identificar e explorar as técnicas para aumentar consideravelmente as capacidades C3. O coração do programa será o desenvolvimento de uma capacidade de aquecimento da ionosfera exclusiva para conduzir as experiências pioneiras necessárias para avaliar adequadamente o potencial de exploração de tecnologia de melhoramento da ionosfera para ao propósitos do DOD (Departamento de Defesa). Como veremos a seguir, como um centro de pesquisa vai fornecer os meios para investigar a criação, manutenção e controle de um grande número e ampla variedade de processos ionosféricos que, se explorados, podem fornecer capacidades operacionais significativas e as vantagens em relação aos sistemas convencionais C3. A pesquisa a ser realizada no programa incluirá os esforços exploratórios e aplicações básicas.


1. Introdução

Agências do Departamento de Defesa já possuem os esforços em curso na ampla área de experimentos ionosféricas ativos, incluindo melhorias ionosféricas. Estes incluem ambas as abordagens espaciais e terrestres. Os esforços espaciais incluem lançamentos de produtos químicos (por exemplo, Experiência da Força Aérea Brasileira na modificação da Ionosfera, BIME; programa AIR RED da Marinha e participação multi-agência no lançamento Combinado e efeitos de radiação por satélite, CRRES). Além de outras planejadas, os programas vão empregar feixes de partículas e aceleradores de foguetes a bordo (por exemplo, exceder as e CHARGE IV) e shuttle ou transmissores de RF de satélites (eg, WISP e ativa). Técnicas baseadas em terra empregando o uso de alta potência, frequência de rádio (RF), os transmissores (chamado "aquecedores") para fornecer energia na ionosfera que faz com que ela venha a ser alterada, ou reforçada. A utilização de tais aquecedores têm uma série de vantagens sobre as abordagens baseadas no espaço.

Estes incluem a possibilidade de repetir as experiências em condições controladas, e a capacidade de condução de uma vasta variedade de experiências utilizando o mesmo mecanismo. Por exemplo, dependendo da frequência de RF e potência radiada efectiva (ERP) utilizada, as diferentes regiões da atmosfera e da ionosfera podem ser afectadas para produzir uma série de efeitos práticos, como ilustrado na Tabela 1. Devido ao grande número e variedades daqueles efeitos e ainda porque muitos deles têm o potencial a serem explorados para aplicações C3 importantes, o programa é focado no desenvolvimento de um programa robusto na área de ground-based, aquecimento RF de alta potência da ionosfera.

Até o momento, a maioria das experiências de aquecimento ionosféricas do Departamento de Defesa foram realizados para obter uma melhor compreensão dos processos ionosféricas, ou seja, eles têm sido utilizados como sondas geofísicas. Neste, uma perturbação na ionosfera e em seguida, estudos como isto responde à perturbação e como ele finalmente se recupera de volta às condições ambientais. O uso de reforço ionosférico para simular processos ionosféricas e fenómenos é um desenvolvimento mais recente, tornada possível pelo crescente conhecimento a ser obtidos na natural evolução. Ao simular os efeitos da ionosfera naturail, é possível avaliar como elas podem afetar o desempenho dos sistemas do Departamentode Defesa. De um ponto de vista DoD, no entanto, o aspecto mais interessante e desafiante de reforço ionosférico é o seu potencial para o controle dos processos ionosféricas de tal forma a aumentar significativamente o desempenho dos sistemas de C3 (ou negar acesso a um inimigo), Isto é um conceito revolucionário em que, ao invés de aceitar as limitações impostas aos sistemas operacionais pela ionosfera natural, que busca tomar o controle do meio de propagação e moldá-lo, para garantir que a capacidade do sistema desejado possa ser alcançada. Um ingrediente chave do programa do DOD é o objetivo de identificar e investigar os processos ionosféricos e os fenômenos que podem ser explorados para tais fins.


2. Aplicações potenciais

Uma breve descrição de uma variedade de aplicações potenciais da tecnologia de aperfeiçoamento ionosférico, que podem ser abordadas pelo programa do Departamento de Defesa são descritas abaixo.

2.1. Sondagem Geofísica

O uso de aquecimento ionosférico para investigar os processos ionosféricos naturais é tradicional. Tal pesquisa é necessária ainda para o desenvolvimento de modelos da ionosfera, que podem ser usados para prever com confiança o desempenho dos sistemas C3, em condições normais e com a Ionosfera perturbada. Este aspecto da pesquisa de reforço ionosférico está sempre disponível para o investigador, com efeito, como um subproduto de qualquer investigação de realce ionosférico, mesmo se for impulsionado por aplicações objetivas específicos do sistema, tal como discutido abaixo.

2.2. Geração de ondas ELF / VLF
Um certo número de sistemas críticos de comunicações Departamento de Defesa dependem da utilização de ondas de rádio ELF (freqüência baixa) / VLF(freqüência muito baixa) (30 Hz-30kHz). Estes sistemas incluem os que estão associados com a rede de Comunicações Essenciais Mínimas de emergência (MEECN) e aqueles utilizados para difundir mensagens para submarinos submersos. Neste último, as freqüências na faixa de Hz 70-150 são especialmente atraentes, mas difícil de gerar de forma eficiente com sistemas de antenas terrestres. Existe o potencial para a geração de tais ondas por aquecimento terrestre da ionosfera. O aquecedor é utilizado para modular a condutividade da ionosfera inferior, que por sua vez modula correntes ionosféricas. Esta corrente modulada, com efeito, produz uma antena virtual na ionosfera para a radiação de ondas de rádio. A técnica já foi usada para gerar sinais ELF / VLF em uma série de instalações de aquecimento de HF verticais no Ocidente e na União Soviética. Até o momento, no entanto, esses esforços têm sido confinados a estudos essencialmente de pesquisa básica, e algumas tentativas foram feitas para investigar formas de aumentar a eficiência de geração dessas ondas ELF / VLF para torná-las atraentes para aplicações de comunicações. A este respeito, a geração do aquecedor ELF seria atraente se pudesse fornecer sinais significativamente mais fortes do que os disponíveis a partir do sistemas de antena atuais da Marinha em Wisconsin e Michigan. Uma investigação teórica recente sugere que isto pode ser possível, desde que uma instalação de aquecimento HF apropriada esteja disponível. Devido ao fato de que esta área de pesquisa se mostra especialmente promissora e por causa das exigências do DOD existentes para ELF e VLF, isto coloca o projeto como o principal motor do programa de pesquisa proposto.

Além de seu potencial de aplicação de longo alcance e de sobrevivência e comunicações do DOD, há uma outra aplicação potencialmente atraente para as fortes ondas ELF / VLF geradas na ionosfera por aquecedores terrestres. Sabe-se que os sinais de ELF / VLF gerados por descargas atmosféricas propagam através da ionosfera e interagem com as partículas carregadas presas ao longo das linhas do campo geomagnético, causandas de tempos em tempos, para precipitar-se na ionosfera inferior. Se tais processos podem ser controlado com segurança, seria possível desenvolver técnicas para esgotar as regiões selecionadas das cinturões de radiação de partículas, por curtos períodos de tempo, permitindo assim que os satélites possam operar dentro deles, sem danos para os seus componentes eletrônicos, qualquer um dos problemas críticos associados com este conceito de controle do cinturão de radiação poderia ser investigado como parte do programa de DOD.

2.3. Geração de buracos / Lentes ionosféricas

É bem sabido que o aquecimento HF produz esgotamento local ("buracos") de elétrons, alterando assim as propriedades de refração da ionosfera. Esta por sua vez, afeta a propagação das ondas de rádio que passam por essa região. Se as técnicas pudessem ser desenvolvidas para explorar este fenômeno de tal forma a criar uma lente artificial, deveria ser possível a utilização da lente como um foco para enviar uma quantidade muito maior de energia de HF para altitudes mais elevadas na ionosfera do que é atualmente possível, abrindo assim o caminho para desencadear novos processos ionosféricas e fenômenos que potencialmente poderiam ser explorados para fins do DOD. Na verdade, a questão geral do desenvolvimento de técnicas para garantir que grandes densidades de energia possam ser disponibilizadas em regiões selecionadas na ionosfera, a partir de aquecedores baseados no solo, é um passo importante que deve ser abordado no programa do DOD.

2.4. Aceleração de Elétrons 

Se a densidade de energia suficientes estiverem disponíveis na ionosfera, deveria ser possível acelerar elétrons para energias elevadas, variando desde alguns eV até níveis MeV e KeV. Essa capacidade de se fornecer estes meios podem realizar uma série de aplicações interessantes para o DOD.

Os elétrons na ionosfera acelerados em uns poucos eV iriam gerar uma série de emissões de IR e ópticos. Observação e quantificação dos mesmos iriam fornecer dados sobre a concentração de constituintes menores na parte inferior da ionosfera e atmosfera superior, a qual não pode ser obtida usando técnicas convencionais de sondagem. Tais dados seriam importantes para o desenvolvimento de modelos confiáveis da ionosfera inferior os quais são ulteriormente usados no desenvolvimento de técnicas de previsão de propagação de ondas de rádio. Além disso, o gerador de emissões e aquecedor de IR / óptico, em áreas selecionadas desde a terra podem ser potencialmente utilizados em sensores militares espaciais passivos.

Elétrons acelerados a níveis de energia na faixa de 14-20 eV produziriam uma nova ionização na ionosfera, através de colisões com partículas neutras. Isto sugere que pode ser possível o "condicionamento" da ionosfera de modo que não suporte a propagação de HF durante os períodos em que a ionosfera natural está mais especialmente fraca. Isso poderia ser explorado para o longo alcance (OTH) para fins de comunicação / vigilância IC. Finalmente, poderia ser utilizado o uso de um aquecedor de HF para acelerar elétrons a níveis de energia MeV keV, ou em conjunto com as medições do sensor de satélite, para as investigações dos efeitos controlados de elétrons de alta energia em plataformas espaciais. Já existe indicação de que os transmissores de alta potência sobre o espaço-craft acelera elétrons no espaço para esses altos níveis de energia, e que essas partículas carregadas podem ter impacto sobre a pá-craft com efeitos nocivos. Os processos que desencadeiam tais fenômenos e para o desenvolvimento de técnicas para evitar ou mitigar o poder deles poderia ser investigado como parte do programa de DOD.

2.5. Geração de Campos Alinhados de Ionização 

O aquecimento HF da ionosfera produz manchas de ionização que estão alinhadas com o campo geomagnético, produzindo assim os centros de dispersão para as ondas de RF. Processos naturais também produzem tais dispersores, como evidenciado pelas cintilações observadas em links de satélite-terra nas regiões de latitudes equatoriais e altas. A utilização de um aquecedor de HF para gerar tais espalhadores proporcionaria uma maneira controlada para investigar os processos físicos naturais que os produzem, e poderiam conduzir possivelmente para o desenvolvimento de técnicas para prever a sua ocorrência natural, a sua estrutura e persistência, e (principalmente) o grau em que eles iriam afetar os sistemas do DOD.

Uma aplicação potencial interessante de aquecimento induzido do campo de alinhamento de ionização já é uma parte de um programa do DOD em curso (Força Aérea / RADC) programa de pesquisa, propagação canalizada de HF. Sabe-se que existem dutos em grande altitude nas regiãoes E e F da ionosfera (faixa de 110-250 km de altitude) que pode suportar uma propagação HF ao redor da terra. Normalmente no entanto, as considerações geométricas indicam que não é possível ter acesso a estas condutas de transmissores de IC à base de partículas, de tempo em tempo, no entanto os gradientes naturais na ionosfera (freqüentemente associados com o gradiente dia-noite) fornecem uns meios para dispersar tais sinais de HF nas condutas elevadas. Se o acesso a estas condutas podesse ser feito de forma confiável, coisas muito interessantes podem ser imaginadas na comunicação HF e aplicações de vigilância de longo alcance.

Por exemplo, a continuação da propagação HF acima das regiões ionosféricas perturbadas nuclearmente seria possível, ou, a precoce detecção de alcance dos mísseis rompendo a ionosfera em seu caminho para os alvos, pode ser alcançada. A utilização de um aquecedor de HF para produzir ionização de campo alinhado de uma forma controlada (confiáveis) tem sido sugerido como um meio para o desenvolvimento de tais conceitos, e será testada numa experiência de satélite futura para ser conduzida durante o FY92. O experimento requer um aquecedor no Alaska para gerar campo alinhado à ionização que enviará sinais HF de dispersão por um transmissor nas proximidades em dutos elevados. Um receptor de satélite irá gravar os sinais para fornecer dados sobre a eficácia do campo alinhado de ionização como um dispersor de RF, assim como a localização, a persistência, HF e propriedades de propagação associado com as condutas elevadas.

2.6. Aquecimento Obliquo de HF 

Mais experimentos de aquecimento RF estão sendo conduzidos no Ocidente e na União Soviética empregando a propagação vertical das ondas de HF. Como tal, a região da ionosfera que é afetada está diretamente acima do aquecedor. Para aplicações militares mais amplas, o potencial para alterar significativamente as regiões da ionosfera a relativamente grandes distâncias (1000 km ou mais), a partir de um aquecedor é muito desejável. Isto envolve o conceito de aquecimento oblíquo. O assunto tem uma importância acrescida onde as potências mais elevadas e maior efetivo irradiado estão sendo projetadas para a futura comunicação HF e sistemas de vigilância. O potencial para esses sistemas para modificar inadvertidamente a ionosfera, produzindo assim efeitos de auto-limitação, é uma realidade que deve ser investigada, além disso, a vulnerabilidade dos sistemas HF para efeitos indesejáveis produzidos por outros, transmissores de alta potência (amigo ou inimigo) devem ser abordadas.

2.7. Geração de camadas de ionização Abaixo de 90 km

O uso de aquecedores de RF de muito alta potência para acelerar elétrons para 14-20 eV abre o caminho para a criação de camadas significativas de ionização em altitudes, onde normalmente existem muito poucos elétrons. Este conceito já tem sido alvo de investigações por parte da Força Aérea (Geofísica Lab), da Marinha (MU), e DARPA. A Força Aérea, em particular, tem desenvolvido o conceito, denominado Espelho Ionosférico Artificial (AIM), a ponto de demonstrar a sua viabilidade técnica e propondo uma nova iniciativa de realizar experimentos de conceito de prova. O aquecedor de RF (s) a ser considerada para AIM estão na faixa de 400 MHz-3 GHz, muito maior do que as freqüências de HF (1,5 MHz a 15 MHz) adequados para investigar os outros tópicos discutidos neste resumo. Como tal, o programa DOD (HAARP) não estão diretamente envolvidos com os esforços de melhoria da ionosfera AIM- relacionados.


3. QUESTÕES IONOSFÉRICAS RELACIONADAS A AQUECIMENTO DE RF DE ALTA POTÊNCIA 

Tal como ilustrado na figura 1, como a potência de HF enviada à ionosfera é continuamente aumentada para dominar o processo de dissipação de resposta das mudanças de ambientes geofísicos descontínuos, termina por produzir uma variedade de efeitos ionosféricos que requerem investigação. Daqueles previstos em níveis muito elevados de energia (mas ainda não disponíveis no Ocidente a partir dos aquecedores de IC existentes) são especialmente interessantes do ponto de vista das aplicações potenciais para fins do DOD,

3.1. Limiares de efeitos ionosféricos

Diante da modesta potencia do IC, duas ondas que se propagam através de RF por um volume comum de ionosfera irão experimentar modulação cruzada, uma superposição de modulação de amplitude de uma onda de RF sobre a outra. Na potencia efetiva da HF irradiada de que o Oeste dispõe, a massa mensurável do elétron e o aquecimento do gás de íons é alcançado, a radiação eletromagnética (em diferentes freqüências transmitidas) é estimulado e várias instabilidades paramétricas são excitadas no plasma. Estes incluem aqueles que a estrutura de modo a que o plasma que espalha a energia de RF de uma ampla gama de comprimentos de onda.

Figura 1. Limiares de efeitos ionosféricos em função do aquecedor ERP (indisponível)

Há também evidências no Ocidente de que as instabilidades na operação de potência de pico paramétricos começam a se saturar e ao mesmo tempo, pequenas quantidades de energia começam a entrar na aceleração de elétrons, resultando em níveis modestos de elétron-impact dimencionalmente animado. Isso sugere que para os mais altos poderes de HF disponíveis no Ocidente, as instabilidades comumente estudadas estão se aproximando de sua capacidade de dissipação de energia máxima de RF, além de que os processos de plasma vão "sumir", até que o próximo processo limite seja atingido. As melhorias na aeroluminescência sugerem fortemente que este próximo processo envolve então interações onda-partícula e aceleração de elétrons.

Os soviéticos, operando em potências mais elevadas do que no Ocidente, agora têm reclamado de ionização estimulada significativa por ionização de impacto de elétrons. A alegação é que a energia HF, via interação onda-partícula, acelera os elétrons da ionosfera para energias bem mais de 20 elétron-volts (eV), de modo que eles vão ionizar partículas atmosféricas neutras com os quais colidem. Tendo em conta que as instalações HF soviéticas são várias vezes mais poderosas do que as instalações ocidentais em latitudes médias comparáveis, e dado que estes últimos parecem estar em um limiar de um novo regime de fenômenos de "onda-partícula", acredita-se que os soviéticos atravessaram esse limiar e estão explorando um regime de fenômenos ainda não disponíveis para o estudo ou aplicação no Ocidente.

A instalação de HF em Max Planck, em Tromso na Noruega, possui o poder comparável ao dos aquecedores soviéticos de alta potência, mas nunca produziu melhorias na aeroluminescência comumente produzidos por instalações HF nos EUA de menor poder HF, mas em latitudes mais baixas. Isto é atribuído a uma presente compreensão inadequada em como fazer a ionosfera na latitude auroral manter as condições necessárias para permitir que o processo de aceleração de partículas seja dominado, as condições em que são obtidos nas (mais estáveis) regiões de latitudes médias.

O que é evidente, é que no gigawatt eficaz e acima de densidade de energia de potência radiada depositadas em regiões limitadas da ionosfera podem alterar drasticamente a sua refração, dispersão, e caráter térmico, a maior emissão de um muito amplo espectro óptico eletromagnético (rádio frequência) e portanto, o que é necessário é o conhecimento de como selecionar os efeitos desejados e suprimir aqueles indesejados. Atualmente, os níveis existentes de compreensão, isso só pode ser feito por: identificar e compreender quais os processos básicos estão envolvidos, e como opera a interação, isso só pode ser feito se impulsionado por um forte programa experimental dirigido pelo acoplamento forte com o ciclo interativo de desenvolvimento de teoria -modelo experimental de teste.

3.2. Problemas gerais ionosféricas

Quando uma onda de rádio de alta potência HF reflete na ionosfera, uma variedade de processos de instabilidade são acionados. Em tempos iniciais (menos de 200 ms), na seqüência de HF pesa, microinstabilidades impulsionadas por forças ponderomotivas são excitados ao longo de um grande intervalo de altitude (1-10 km) que se estende para baixo a partir do ponto de HF da reflexão para a região da ressonância híbrido superior. No entanto, no início as vezes (muito menos do que 50 ms) e, por vezes tardios (superior a l0 s) a mais forte turbulência Langmuir HF induzida parece ocorrer na proximidade da reflexão IC. A turbulência Langmuir também dá origem a uma população de elétrons acelerarados. Ao longo do tempo as escalas operacionais de 100 milissegundos e mais longos, as microinstabilidades devem coexistir com outras instabilidades que são desencadeadas quer diretamente ou impulsionadas pela turbulência HF-induzida. Algumas destas instabilidades são consideradas um carácter explosivo. A dissipação da turbulência Langmuir acredita-se que é para dar origem a irregularidades no medidor de escala através de várias vias diferentes de instabilidade. Finalmente, em escalas de tempo de dezenas de segundos e mais longas, várias instabilidades impulsionadas termicamente pode ser indagado que dão origem a irregularidades ionosféricas na escala de quilômetros. Algumas destas irregularidades são alinhadas com o campo geomagnético, enquanto outras são alinhadas, quer ao longo do eixo do feixe de HF ou paralelo à horizontal.

Recentemente, o diagnóstico de modificações ionosféricas de HF têm evoluído ao ponto em que os processos de instabilidade individuais podem ser examinados em detalhes. Devido à melhoria das capacidades de diagnóstico, é agora claro que as interações onda de plasma que se pensava ser bastante simples são na verdade bastante complexas. Por exemplo, as últimas descobertas experimentais no Observatório de Arecibo, sugerem que os processos de plasma responsáveis pela excitação de turbulência Langmuir na ionosfera são fundamentalmente diferentes de tratamentos anteriores com base na chamada "teoria da turbulência fraca".

Esta abordagem baseia-se em aproximações teóricas de fase aleatórias para tratar a amplificação das ondas de plasma lineares por instabilidades paramétricos. Pesquisa com modificação ionosférica de HF durante o período de 1970-1986, geralmente focadas em instabilidades paramétricas para explicar os resultados observacionais. Em contraste, existe evidência crescente de que a imagem convencional está errada e que o plasma ionosférico sofre um desenvolvimento altamente não-linear, culminando na formação de estados localizados de forte turbulência do plasma. O estado altamente localizado (muitas vezes referida como cavitons) consiste em ondas de plasma de alta freqüência presos em auto-consistentes esgotamento de densidade eletrônica.

É importante perceber que muitas instabilidades diferentes são simultaneamente animadas no plasma e um processo que a instabilidade pode influenciar grandemente o desenvolvimento de um outro. Estudos de competição entre os tipos semelhantes de processos de instabilidade e da interação entre as interações de ondas de plasma diferentes estão em estágios iniciais de desenvolvimento. No entanto, é evidente que o grau em que um é animado na instabilidade no plasma podem prejudicar gravemente uma variedade de outros processos de HF induzidas por absorção de HF induzida pela bomba de onda, alterações nas funções de distribuição de partículas, e a outras perturbações operacionais coerentemente orientadas a processos que dependem de suaves gradientes ionosféricos de densidade de elétrons. Como a eficiência de muitos processos de instabilidade são dependentes do ângulo de mergulho geomagnético, a natureza da competição da instabilidade no plasma deverá mudar com a latitude geomagnética. De fato, os resultados observacionais indicam fortemente esta noção. conseqüentemente, pode ser muito difícil de levar os resultados observados obtidos em uma latitude geomagnética para outra. Além disso, mesmo em uma estação experimental, os fenômenos físicos excitados por uma onda HF de alta potência é fortemente dependente de condições ionosféricas fundo. Um exemplo clássico deste ponto pode ser encontrado em observações feitas em Arecibo, quando as taxas de dissipação de energia de elétrons locais são baixos. Neste caso, o plasma ionosférico literalmente sobreaqueceu devido à ausência de processos de perda de elétrons térmicos eficazes.

O grande aumento (fator de quatro) na temperatura dos elétrons que acompanham este fenômeno dá origem a uma classe de processos de instabilidade que é completamente diferente dos outros observadas sob condições "normais" em que o equilíbrio térmico da ionosfera não é grandemente perturbada. Em ERPs maiores que um gigawatt (superior a 90 dBW), as forças ponderomotivas não são mais pequenas em comparação com as forças térmicas. Isto pode mudar qualitativamente a natureza dos processos de instabilidades na ionosfera. A pesquisa experimental nesta área, no entanto, deve esperar até que estes poderosos aquecedores ionosféricos sejam desenvolvidos.

3.3. Questões ionosféricas nas Altas Latitudes 

Aquecimento da ionosfera nas latitudes médias por de ondas de rádio (por exemplo, Arecibo e Platteville) ocorreu sob condições onde a ionosfera de fundo (antes de ligar o aquecedor) foi bastante laminar, estável, fixo, etc, no entanto, em altas latitudes (ie , latitudes aurorais como HIPAS e Tromso) a ionosfera de fundo é uma entidade dinâmica. Mesmo a localização da aurora e do eletrojato estão mudando em função da latitude, altitude e hora local. Além disso, o fundo E e F da região ionosfera não pode ser laminar em tamanhos em escala menor do que 20 km e menos de 100 km, respectivamente. Em vez disso, existe a possibilidade de irregularidades na região E e F- (com tamanhos de ajuste de cms para kms) que ocorre em vários momentos, devido a (por exemplo), instabilidades eletrojato orientados na região E- e se espalhou para a F, ou instabilidades orientados atuais da região F. Partículas de alta energia, como por exemplo, a partir de erupções solares, também podem levar a região D, de estruturação. Além disso, a ligação à magnetosfera através da alta condutividade ao longo das linhas do campo magnético podem desempenhar um papel importante. A compreensão teórica dos processos de aquecimento da ionosfera de altas latitudes tem vindo a melhorar, no entanto, dada a natureza dinâmica da ionosfera em alta latitude, é importante para diagnosticar a ionosfera de fundo antes do início de qualquer experimento de aquecimento. Isso ajuda a capacidade de diagnóstico para determinar as estatísticas de longo prazo, bem como os parâmetros em tempo real. Embora tais diagnósticos tenham sido uma parte integrante das experiências de aquecimento em Arecibo e Tromso, experimentos de aquecimento HF em HIPAS foram severamente prejudicados pela falta de diagnósticos semelhantes.

4. AQUECIMENTO DESEJADO de HF NAS INSTALAÇÕES

A fim de abordar o amplo leque de questões discutidas nas seções anteriores, é necessária uma nova e única unidade de aquecimento HF. Um esboço das capacidades desejadas de um tal aquecedor, juntamente com a necessidade de diagnóstico para abordar estes problemas são apresentados na Tabela 2.

(Tabela 2 não está disponível neste documento)

4.1. Características do Aquecedor 

As metas para o aquecedor de HF são muito ambiciosas. A fim de dispor de um sistema útil em vários estágios do seu desenvolvimento, é importante que o aparelho seja construído de forma modular, de tal modo que a sua potência irradiada-eficaz pode ser aumentada de uma forma efetiva e eficaz, o custo que os recursos se tornem disponíveis. Outras características do aquecedor de HF desejados são descritos abaixo.

Força Efetiva Irradiada (ERP)

Um gigawatt de potência efetiva irradiada (90 dBW) representa um importante nível de potência de limiar, sobre os quais a geração de ondas significativas e eficiência de aceleração de elétrons que ela pode atingir, e outros efeitos de aquecimento significativos podem ser esperados. Até esta data, a União Soviética construiu como um poderoso aquecedor HF. As maiores ERPs alcançadas pelos EUA nas suas instalações é cerca de um quarto do que obtiveram. Atualmente, um aquecedor na Noruega, operado pelo Instituto Max Planck, na República Federal da Alemanha, está sendo reconfigurado para fornecer um gigawatt de ERP em uma única frequência HF. O HAARP terá finalmente, um aquecedor de HF com um ERP bem acima de 1 gigawatt (da ordem de 95-100 dBW), em suma, o mecanismo mais poderoso no mundo para a realização de pesquisas de modificação da ionosfera. Para alcançar isso, a área aquecida na região F deve ter um diâmetro mínimo de pelo menos 50 km, para fins de diagnóstico e medição.

4.1.2. Faixa de Freqüência de Operação

O aquecedor projetado teria uma gama de frequências entre cerca de 1 MHz a cerca de 15 MHz, permitindo assim que uma vasta gama de processos ionosféricas possam ser investigados. Isso incorpora a freqüência elétron-gyro e permitiria operações em todas as condições ionosféricas antecipados. O funcionamento multi-frequência, utilizando diferentes porções do conjunto de antenas é também uma característica desejável. Finalmente, a mudança na frequência de uma ordem de milissegundos é desejável sobre a largura de banda da antena de emissão de HF.

4.3. Capacidades de digitalização

Um aquecedor que tem capacidades de digitalização é muito desejável, a fim de ampliar o tamanho das regiões aquecidas na ionosfera. Embora a faixa de varredura de vertical para muito oblíqua (cerca de 10 graus acima do horizonte), seria desejável, considerações de engenharia provavelmente vão reduzir o intervalo de digitalização para cerca de 45 graus em relação à vertical. A capacidade de uma rápida varredura (microssegundos na escala de tempo) em qualquer direção, também é muito desejável.

4.1.4. Modos de Operação

Flexibilidade na escolha de modos de aquecimento de operação, incluindo a forma de onda continua (CW) e os modos pulsados, vão permitir uma maior variedade de técnicas de modificação da ionosfera e questões a serem abordadas.

4.1.5. Onda de polarização

O aquecedor deverá permitir tanto polarizações x e o para serem transmitidos, a fim de estudar os processos ionosféricas ao longo de uma gama de altitudes.

4.1.6. Agilidade na Alteração dos parâmetros do Aquecedor

A capacidade para alterar rapidamente os parâmetros do aquecedor, como a frequência de funcionamento, o ângulo e direção de verificação, os níveis de potência, e modulação é importante para abordar questões tais como o alargamento do tamanho da região modificada na ionosfera e para o desenvolvimento de técnicas para assegurar que a energia de densidades desejadas na ionosfera poderão ser enviadas a partir do aquecedor sem efeitos auto-limitantes.


4.2. Diagnóstico do aquecimento

A fim de compreender os processos naturais ionosféricos, assim como as induzidas através da modificação ativa da ionosfera, uma instrumentação adequada é necessária para medir uma vasta gama de parâmetros ionosféricas nas escalas temporais e espaciais.

4.2.1. Instalação do Radar de Difusão

Um diagnóstico chave para estas medições será uma instalação de radar de difusão incoerente para fornecer os meios para monitorar tais condições de plasma de fundo como a densidade de elétrons e temperaturas de íons, e campos elétricos, tudo como uma função da altitude. Além disso, o radar de difusão incoerente irá fornecer os meios para examinar de perto a geração de turbulência de plasma e a aceleração de elétrons a alta energia na ionosfera por aquecimento de Alta Frequência. A instalação de radar de difusão incoerente, prevista para complementar o planejado novo aquecedor de HF, está sendo financiada em um programa do DOD (Departamento de Defesa) em separado, como parte de uma atualização na área de foguetes Poker Flat, no Alasca.

4.2.2. Outros Diagnósticos

A capacidade de realizar medições in situ da região aquecida na ionosfera, via instrumentação por foguete de origem, também é muito desejável. Outros diagnósticos para serem empregados, dependendo da natureza específica dos experimentos de aquecimento HF, podem incluir receptores de HF para a detecção de emissões eletromagnéticas estimuladas de aquecedor de turbulência induzida na ionosfera, radares HF / VHF para determinar as amplitudes de curta escala (observações de cintilação, para ser usadas em: imageadores ópticos, para determinar o fluxo e espectro de energia dos elétrons acelerados e para fornecer uma visão tridimensional do airglow produzidos artificialmente na atmosfera superior, 1-10 m) irregularidades geomagnéticas do campo alinhado para avaliar o impacto do aquecimento HF em downlinks de satélite e no diagnóstico de estruturas ionosféricas de grande escala.

4.2.3. Diagnóstico adicionais para Experiências ELF de Geração

Estes poderiam incluir uma cadeia de receptores ELF para gravar a potência do sinal em várias distâncias do aquecedor, uma ionosonda digital, HF para determinar a base de perfis de densidade eletrônica nas regiões E e F-; um magnetômetro em cadeia, para observar mudanças no campo magnético da Terra, a fim de determinar grandes volumes de correntes ionosféricas e campos elétricos; fotômetros para auxiliar na determinação da condutividade da ionosfera e observação de partículas precipitantes; uma sirene VLF, para determinar mudanças no-região D da ionosfera, e um riometer, para fornecer outras dados a estes que dizem respeito, especialmente para as condições ionosféricas perturbadas.

4.3. Localização do aquecedor HF

Uma das principais questões a serem abordadas no âmbito do programa é a geração de ondas ELF na ionosfera por aquecimento HF. Isso requer localizar o aquecedor onde existem fortes correntes atmosféricas, ou em um local equatorial ou em um local de grande latitude (auroral). Outros fatores a serem considerados na localização do aquecedor incluem outros (pesquisa) necessidades técnicas e os requisitos, as questões ambientais, as capacidades de expansão futura (imobiliário), infra-estrutura e as considerações sobre a disponibilidade e localização dos diagnósticos. A localização da nova instalação de aquecimento HF está prevista para o Alaska, relativamente perto de uma nova unidade de dispersão incoerente, já prevista para a planta dos foguetes poker sob um programa do DOD em separado. Além disso, é desejável que o aquecedor HF seja localizado para permitir instrumentação de foguetes sonda a serem enviados para a região aquecida da ionosfera. A localização exata no Alasca para a instalação da nova proposta de aquecimento HF ainda não foi determinada.

4.4. Custo estimado da Nova instalação de Aquecimento HF 

Estima-se que de 8 a 10.000.000 dólares (US $ 8-10M) vai proporcionar uma nova instalação, com uma potência de irradiação efetiva próxima do estabelecido para a instalação DOD atual (HIPAS), mas com a melhoria considerável na sintonização e capacidade da freqüência e direção da antena de feixe. A instalação vai ser de design modular para permitir atualizações eficientes e de baixo custo de energia quando os fundos adicionais se tornarem disponíveis. A instalação desejada (classe mundial), tendo as grandes capacidades e flexibilidades descritas acima, terá um custo na ordem de 25-30.000.000 de dólares (US $ 25-30M).

5. Os participantes do programa

O programa será gerido em conjunto pela Marinha e pela Força Aérea. No entanto, devido à grande variedade de questões a serem abordadas, a participação ativa dos órgãos governamentais, universidades e prestadores de serviços privados é esperada.


Fontes:
http://www.wired.com/images_blogs/dangerroom/2009/07/haarp_1990.pdf
http://www.bariumblues.com/haarp_executive_summary.htm